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Síndrome de Down: expectativa de vida cresceu 400% em apenas duas gera??es

Estudo publicado no periódico científico European Journal of Public Health mostrou que,índromedeDownexpectativadevidacresceuemapenasduasgera??slot m3 nas duas últimas gera??es, a expectativa de vida de pessoas com Down subiu de 12 para 60 anos e acredita-se que ela irá aumentar cada vez mais. Os principais fatores que contribuíram para isso foram avan?os na medicina, como métodos de diagnóstico de problemas cardíacos precoces e técnicas cirúrgicas; avan?o no conhecimento médico sobre a condi??o; maior acesso aos servi?os de saúde e a amplia??o das políticas de inclus?o. Entrevista: ‘Tony Bellotto e Preta Gil s?o extremamente resilientes’, diz oncologista que cuida dos canceres dos dois artistasQual o melhor remédio para perder peso? Estudo aponta que Mounjaro é 47% mais eficaz que o Wegovy e Ozempic — Hoje existem consensos mundiais da prática clínica voltada para crian?as, adolescentes e adultos com síndrome de Down. Mas os avan?os que mais mobilizaram a longevidade de pessoas com a síndrome foram as cirurgias cardíacas e o tratamento das infec??es — diz o médico geneticista Juan Llerena, coordenador do Centro de Genética Médica do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Crian?a e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz). A síndrome de Down é uma condi??o causada pela presen?a de três cromossomos 21 (ao invés de dois). Isso ocorre na hora da concep??o, de forma aleatória. O principal fator de risco é a idade da m?e. A Organiza??o Mundial da Saúde (OMS) estima que a síndrome está presente em aproximadamente 1 a cada mil nascimentos. A trissomia do cromossomo 21 pode ser observada em características físicas, como olhos oblíquos, rosto arredondado, m?os menores. Ela também afeta o desenvolvimento cerebral - é considerada a principal condi??o genética que leva à incapacidade intelectual -, reduz a for?a e do t?nus muscular (condi??o chamada hipotonia) e pode comprometer a vis?o, audi??o e cora??o. Metade das pessoas com Down têm problemas cardíacos. Apresentado por Amil Doen?as Cardiovasculares: Entenda como é possível reduzir os riscos :root { --market-label-font: OGloboTitleFontBold,OGloboTitleFontFallback; } Hoje, um simples ecocardiograma do recém-nascido, por exemplo, permite identificar altera??es cardíacas que necessitam de corre??es cirúrgicas precoces. — O avan?o da medicina permite que você trate e opere uma crian?a com problema no cora??o com muito mais chance de sobreviver. é um exemplo bem concreto e prático que mudou a sobrevida da pessoa com síndrome de Down — avalia o pediatra e geneticista Salmo Raskin, colunista do GLOBO e diretor do laboratório Genetika, em Curitiba. Outra mudan?a que ocorreu recentemente no que diz respeito à medicina é o diagnóstico da condi??o em si. Por muito tempo, a única forma de fazer o diagnóstico da síndrome de Down era após o nascimento, com base nas características clínicas apresentadas pelo bebê, seguida da confirma??o por meio do exame de um exame genético chamado cariótipo, que indica a altera??o no par 21 de cromossomos. Hoje, é possível identificar a síndrome de Down no pré-natal. A identifica??o precoce pode ajudar tanto a família a se preparar e se adaptar às necessidades do bebê antes de seu nascimento, como proporcionar que essa crian?a tenha o acompanhamento e os cuidados específicos necessários desde o nascimento que incluem, além de médicos especializados, fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, terapia ocupacional entre outros. O poder da inclus?o Apesar de todos os avan?os da medicina, especialistas acreditam que a inclus?o sociocultural é o fato que mais impactou a longevidade de pessoas com síndrome de Down. Antigamente, essa popula??o ficava escondida em casa, sem perspectiva de ter uma vida aut?noma, à margem da sociedade. — O nosso ensino tradicional n?o prepara para a vida. Precisamos rever conceitualmente o que queremos para todos aqueles que n?o tem condi??o de seguir essa vida acadêmica e ir para a faculdade por exemplo — pontua Llerena. Para o especialista, é preciso desde cedo, ensinar habilidades que preparem pessoas com Down para o mundo, o que inclui desde o treinamento de ofícios que n?o s?o tradicionais, de acordo com as habilidades de cada um, como jardinagem, sapataria, oficinas, etc, até ensiná-los a lidar com o dinheiro, se vestir e realizar atividades cotidianas, da rotina da casa. Também é importante que um indivíduo com síndrome de Down, em especial adolescentes e jovens adultos, encontrar sua identidade. — Se ele está em um meio que n?o tem outras pessoas com síndrome de Down, ele n?o encontra sua identidade, por mais empatias que existam nessa rela??o. Quando você coloca um adolescente nesse grupo, ele floresce porque sua limita??o permeia a todos — afirma Llerena. Pensando nisso, come?am a surgir grupos de pessoas com síndrome de Down, supervisionados por mentores ou tutores que os ajudam nessa jornada pela vida adulta e até mesmo programas de moradias compartilhadas para pessoas com deficiência intelectual. Além dos desafios inerentes da vida adulta, o aumento da expectativa de vida de pessoas com síndrome de Down traz consigo novas necessidades de cuidados com a saúde. Uma pesquisa feita pela Universidade do Sul da Califórnia e pelo Hospital Geral de Massachusetts constatou que a doen?a neurodegenerativa atinge 80% das pessoas com mais de 65 anos e com a altera??o genética. Para fator de compara??o, a incidência da doen?a entre os indivíduos na mesma faixa etária, mas sem a condi??o, é de 18%. Para o futuro Novas descobertas na medicina prometem melhorar ainda mais a saúde e qualidade de vida de pessoas com Down. Por exemplo, pesquisadores do Laboratório de Neurociência e Cogni??o da Universidade de Lille, na Fran?a, e do Hospital da Universidade de Lausanne, na Suí?a, descobriram que a reposi??o de um horm?nio melhorou o desempenho cognitivo e as conectividades cerebrais de pessoas com Síndrome de Down. O estudo ainda é bastante inicial, mas os resultados já s?o promissores. Outra linha de pesquisa que pode ajudar a responder dúvidas sobre a síndrome de Down e ajudar no desenvolvimento de novos tratamentos é um camundongo geneticamente modificado para ter especificamente as altera??es genéticas que levam à condi??o. Há 25 anos, já havia outro modelo animal semelhante, porém a genética deste camundongo n?o era t?o precisa. Mais recente Próxima Queijo envelhecido pode abrigar vírus da gripe aviária por meses, conclui estudo Mais do Globo .post-notifier-pushstream{ display:none}.bstn-fd .bastian-card-mobile,.bstn-item-shape,.tag-manager-publicidade-banner_feed_esppub--visivel .tag-manager-publicidade-banner_feed_esppub{ background-color:#fff;contain:layout paint style;margin:16px 0 0;overflow:hidden}.feed-media-wrapper{ margin:24px -24px 0}.bstn-fd-item-cover{ background-color:#ccc;background-position:50%;background-size:cover;height:0;overflow:hidden;padding-top:56.25%;position:relative;width:100%}.bstn-fd-cover-picture{ position:absolute;top:0;left:0;height:100%;width:100%}.bstn-fd-picture-image{ color:transparent;height:100%;width:100%}.feed-post-body{ padding:24px 24px 0}.feed-post-link{ display:block;text-decoration:none}.feed-post-header{ color:#333;font:16px/20px Arial,sans-serif;letter-spacing:-.32px}.bstn-aovivo-label,.feed-post-header-chapeu{ vertical-align:middle}.bstn-aovivo-label{ 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