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Medicamentos para depress?o e ansiedade podem afetar a dire??o; veja cuidados a tomar

1 de 1 Mulheres no volante ainda s?o minoria no transito,?oeansiedadepodemafetaradire??jogo do flamengo e atlético paranaense mas devem ser respeitadas — Foto: Reprodu??o / Redes sociais

O Brasil enfrenta um cenário preocupante em rela??o à saúde mental, sendo o país com o maior número de pessoas com depress?o na América Latina e líder em casos de ansiedade no mundo.

Esse quadro leva a um elevado consumo de medicamentos antidepressivos e estabilizadores de humor, com um aumento de vendas de cerca de 58% entre 2017 e 2021, segundo dados do Conselho Federal de Farmácia.

Acontece que muitos desses medicamentos podem causar efeitos colaterais que interferem em atividades cotidianas, como dirigir um carro com seguran?a.

Em 2015, a Organiza??o Mundial da Saúde (OMS) incluiu o consumo de remédios entre os fatores de risco para acidentes de transito.

Diante dessa realidade, a Associa??o Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) publicou, em 2023, uma diretriz inédita avaliando os efeitos colaterais que podem prejudicar a dire??o.

No podcast Bem-Estar, Valéria Almeida conversou com o Dr. áquila Couto, médico do tráfego da Abramet, sobre o tema.

Quais efeitos colaterais podem afetar a capacidade de dirigir?

Segundo Couto, esses remédios – assim como os usados para alergias e emagrecimento, entre outros – podem gerar efeitos colaterais como tontura, dificuldade de concentra??o, confus?o mental, alucina??es, convuls?es, distúrbios visuais, sonolência e seda??o.

Esses efeitos podem comprometer tanto o planejamento da viagem como a condu??o em si, afirma o médico.

"Você quer virar à direita, mas o teu tempo de de raciocínio ou o seu reflexo está um pouquinho mais lentificado. Ent?o você vai ter dificuldade para virar para direita, virar para esquerda. Dificuldade de ver os outros usuários da via, tanto pedestres, ciclistas, motociclistas e outros fatores", afirma o médico.

Sintomas s?o mais fortes no come?o

Couto ressalta que cada pessoa sente o sintoma de uma forma diferente, em raz?o de fatores como idade e peso do paciente, a dose, o tempo de uso e horário em que o medicamento foi consumido e, especialmente, a combina??o com outras substancias, como o álcool.

Por isso, Couto recomenda aten??o principalmente nas primeiras duas ou três primeiras semanas de uso, pois os efeitos colaterais tendem a diminuir com o tempo devido à tolerancia do organismo.

"Depois, aos poucos a gente vê as pacientes mais confortáveis sinais e sintomas muito menores."

Recomenda??es para quem usa esses medicamentos e dirige:

Tenha aten??o redobrada nas primeiras semanas de uso ou em caso de altera??o de dose da medica??o, pois é quando os efeitos colaterais podem ser mais intensos.Esteja ciente de que a combina??o de álcool e outras drogas com a medica??o pode potencializar os efeitos colaterais e aumentar os riscos ao dirigir.Considere que dificuldade de concentra??o, perda de planejamento, tontura, alucina??es, convuls?es, distúrbios visuais e lentid?o de raciocínio podem prejudicar a dire??o.Esteja atento para qualquer sinal de efeito colateral que possa comprometer a sua seguran?a e a de outros no transito.Lembre-se que os efeitos da medica??o podem ser semelhantes aos da ingest?o de álcool.